Zero, usado ou seminovo, todo veículo perde valor assim que sai da concessionária ou garagem. Essa desvalorização do carro é natural e inevitável. No entanto, existem alguns fatores que podem influenciar esse processo.
E é sobre isso que vamos falar na matéria de hoje! Se você é dono de garagem, se trabalha com automóveis ou se simplesmente tem interesse no assunto, continue a leitura para entender por que acontece a depreciação e confira 8 aspectos que podem acelerar essa baixa de valor!
Por que os carros perdem valor
A regra da desvalorização é clara, tem a ver com a lei da oferta e procura. Se um modelo apresenta bastante saída, consequentemente, será menos depreciado no mercado. O contrário ocorre com um novo ou seminovo que tem pouca demanda e passa mais tempo estocado em uma loja.
Importante enfatizarmos isso, pois há muita gente que pensa que a palavra desvalorização está somente (ou muito mais) relacionada a desgastes de uso ou do tempo. Mas não é bem assim.
A perda de valor ocorre, além desses fatores de uso, pelo próprio mercado de veículos, com o lançamento de uma versão mais nova e moderna de determinado modelo, com a tecnologia implementada e afins.
Assim que o automóvel sai da concessionária, o tempo já começa atuar. A partir da tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) é possível saber exatamente quanto o veículo está perdendo. Mas sobre este cálculo falaremos em uma próxima postagem.
Embora não tenhamos como impedir a depreciação, existem alguns pontos que, se não forem considerados, podem acabar por agilizar essa realidade.
Veja os principais fatores que contribuem para a desvalorização de um carro
1. Alta quilometragem
Quanto mais rodado estiver o automóvel, maior será o gasto de suas peças, é fato. Desse modo, o valor sofrerá redução considerável. Portanto, principalmente para seminovos, vale saber o histórico do veículo e de quem o conduzia.
É muito comum que carros que costumavam pegar solos com ondulações e terrenos difíceis, ou que pertenceram a alguma empresa, percam ainda mais no momento da avaliação.
2. Cor da pintura
Inovar, personalizar, investir em cores e estilos modernos e diferenciados parece uma boa ideia de início, porém, na hora de passar o veículo para frente, é bem provável que ele perca pontos na tabela. Isso porque grande parte das pessoas ainda prefere tonalidades neutras, como prata, preto e branco.
A colagem de adesivos, técnica de envelopamento e outras customizações também são pontos observados em uma consulta veicular e podem atrapalhar e influir no preço na hora da venda.
Vale destacar, ainda, que o índice de depreciação por conta da cor e modelo muda de estado para estado. Quer dizer que, no Paraná, determinado carro perde um valor x no ano e, em São Paulo, a mesma versão pode perder y.
3. Manutenções em geral
Conforme o tempo vai passando e o automóvel sendo utilizado, é completamente normal que haja desgaste. Em consequência disso, as manutenções também se tornam mais necessárias e, dependendo da situação, mais frequentes.
Reparos, troca de pneus e demais peças, problema de gasto exagerado de combustível, repintura e polimento para cobrir riscos… Todos estes são exemplos que refletem no preço.
4. Leilão
Carros com passagem em leilão podem somar até 60% de depreciação, não importa a origem. Alguns, inclusive, não são nem aceitos pelas propostas de seguro das seguradoras.
Para saber mais sobre o assunto, leia nosso post completo: Veículo com passagem por leilão, até onde vale a pena comprar um?.
5. Roubo e furto
Esse é classificado como um dos quesitos que causa maior desvalorização de carros. É dito que, no Brasil, 40% dos veículos roubados, em média, não são recuperados e são revendidos em outros estados ou países próximos.
Nesse caso, é essencial procurar por uma consulta de histórico de roubo e furto para saber os antecedentes do automóvel. Do contrário, a pessoa que adquirir um carro nessas condições corre o risco de tê-lo apreendido ou não ser aceito por uma seguradora.
6. Sinistro
Qualquer tipo de acidente que danifique a estrutura de um veículo, seja um simples risco em um para-choque, ou uma batida intensa, será registrado como sinistro e, em razão disso, sofrerá depreciação. O que classificará a porcentagem dessa perda será o tamanho do dano.
7. Marca e montadora do automóvel
Outras características para ficar atento são a marca e montadora. Apesar de contarem com opções de alto padrão e luxo, os carros importados apresentam um índice de desvalorização maior se comparado com os nacionais.
Essa diminuição de valor se dá, especialmente, pela dificuldade de conseguir peças para reposição e pela assistência técnica, que não é tão acessível. Além disso, os custos com seguro e IPVA são mais altos.
8. Modelo
Assim como a marca, o modelo do carro também influencia na tabela de valores — e nem é preciso ser importado. Em 2019, por exemplo, opções como Fiat Toro, Strada, Ford Focus, Ford Ka Sedan apareceram entre as primeiras na lista de depreciação.
Independentemente de qual seja a sua posição, garagista ou consumidor, é importante levar esses tópicos em conta. Assim ninguém sai perdendo e você faz uma venda ou uma compra segura!
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